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O que é Coesão?


Coesão é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.

São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.

Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:

que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase.
qual (neutro) idem ao anterior.
quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído.
como (modo)
onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante)

Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O).

Havia ou Haviam


Havia ou haviam?

Sempre é bom lembrar que o verbo “haver”, quando empregado no sentido de “existir” ou de “ocorrer”, é impessoal. Isso quer dizer que deve ser conjugado apenas na terceira pessoa do singular, qualquer que seja o tempo (há, houve, havia, houvera, houver, houvesse etc.).

O mesmo vale para os auxiliares do verbo “haver” em construções do tipo “deve haver”, “pode haver”, “vai haver”, “há de haver” etc. No fragmento abaixo, o redator tratou como sujeito aquilo que é objeto direto:

No seu bolso, os policiais da Deatur encontraram outros dois relógios de luxo, da marca Rolex. Na casa dele, haviam outros 14 relógios.

Como nessa acepção não admite sujeito, o verbo “haver” deve permanecer no singular:

No seu bolso, os policiais da Deatur encontraram outros dois relógios de luxo, da marca Rolex. Na casa dele, havia outros 14 relógios.

O verbo “haver” pode admitir o sujeito, mas isso geralmente ocorre em situações formais (“Nunca houveram o que perderam”, “Não houvemos o resultado pretendido” etc.). Entre as menos formais (e mais frequentes) estão aquelas em que é empregado como auxiliar: “Eu hei de vencer”, “Eles haverão de entender isso em algum dia”, “Eles haviam chegado antes do anoitecer” etc.

15 Dicas para melhorar a interpretação de textos


1. Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver com a leitura, mais chances terá de resolver as questões.

2. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura.

3. Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias.

4. Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma conclusão).

5. Volte ao texto quantas vezes precisar.

6. Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as do autor.

7. Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão.

8. Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão.

9. O autor defende ideias e você deve percebê-las.

10. Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo geralmente mantém com outro uma relação de
continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem essas relações.

11. Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, a ideia mais importante.

12. Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da resposta – o que vale não somente para Interpretação de Texto, mas para todas as demais questões!

13. Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia principal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.

14. Olhe com especial atenção os pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., chamados vocábulos relatores, porque remetem a outros vocábulos do texto.

15. Leia de acordo com a pontuação.

Qual o sujeito do primeiro verso do Hino Nacional?

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas...

 
Qual o sujeito do verbo ouvir, que consta do primeiro verso do Hino Nacional?
Nos versos do Hino Nacional ocorre uma inversão extraordinária:
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / de um povo heroico o brado retumbante" em ordem direta fica da seguinte maneira:
As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.

Analisando-se sintaticamente essa oração:
Sujeito: Quem é que ouviu?
Resposta: As margens plácidas do Ipiranga; sujeito simples, pois apresenta um só núcleo: margens.
Verbo transitivo direto: ouviu, pois quem ouve, ouve algo/alguém.
Objeto direto: o brado retumbante de um povo heroico, pois as margens ouviram o quê? Resposta: o brado retumbante...

Vale ressaltar que houvesse ocorrência de crase em "as margens plácidas" (às) o sujeito seria indeterminado e o brado retumbante de um povo heroico teria sido ouvido a partir das margens do rio Ipiranga.

O uso da crase na indicação de horas


Quando usar crase e quando não usar nas indicações de horas?
Para indicar horário devemos usar a crase ou não?

Tal ocorrência linguística perfaz-se de aspectos específicos

O uso da crase, sem dúvida, representa um dos entraves que acometem um grande número de usuários do sistema linguístico. Contudo, vale dizer que esse bicho “monstruoso”, aos poucos vai se redefinindo e adquirindo novas concepções mediante o desenvolvimento de determinadas habilidades, como, por exemplo, a prática constante da leitura.

Nesse ínterim, o que se encontra em jogo é o que chamamos de memória visual, pois ao estabelecermos contato com esta ou aquela palavra, passamos a internalizá-la, tendo em vista todos os seus aspectos, sobretudo no que tange à ortografia. Nesse sentido, nada que algumas dicas também não representem um valioso benefício, não é verdade? Para tanto, façamos primeiramente uma breve retomada acerca do conceito de crase e, em seguida, nesse estudo, priorizaremos o uso dela em se tratando da indicação de horas.

Sabemos que a CRASE é a fusão do artigo feminino “a”, ou seja, manifesta-se sempre nas palavras que o admitem, mais a preposição “a”, isto é, se o termo regente (o nome ou o verbo) exige complemento preposicionado. Tal fusão pode também se dar com os pronomes demonstrativos “aquele(s)”, “aquela(s)” e “aquilo”.

Em termos gerais, recomenda-se utilizar crase antes das locuções femininas, sejam essas prepositivas (à espera de...), conjuntivas (à proporção que, à medida que...) ou adverbiais (às vezes, à noite...). Assim sendo, integrando essas últimas está a indicação de horas, representadas por:

  • Saímos às 20h;
  • Chegamos às 2h;
  • Ela viajará às 19h50, entre outros exemplos.

Constatamos, portanto, que se trata da indicação exata das horas. Nesse caso, recomenda-se o uso da preposição “a”.

Contudo, há que ressaltar que nem sempre esse uso (o da preposição “a”) é frequente, pois pode ocorrer o uso de outra preposição, tais como as demonstradas nos exemplos subsequentes:

  • Eles chegaram após as 18h30.
  • Estamos aqui desde as 20h.
  • A companhia energética avisa que faltará energia entre as 12h e as 14h.
  • A conferência está marcada para as 15h.

Mediante tal ocorrência (uma vez que as preposições se encontram demarcadas), o emprego da crase é desnecessário.

Esse ou Este - Esta ou Essa - Isto ou Isso

Esse ou Este? Esta ou Essa? Isto ou Isso?

Constantemente, quando lemos ou escrevemos, nos deparamos com uma dúvida: devo usar Esse ou Este? Esta ou Essa? Isto ou Isso?

“Esse” ou “este” são pronomes demonstrativos que têm formas variáveis de acordo com o número ou gênero. A definição de pronomes demonstrativos demonstra muito bem a função desses: são empregados para indicar a posição dos seres no tempo e espaço em relação às pessoas do discurso: quem fala (1ª pessoa) e com quem se fala (2ª pessoa), ou ainda de quem se fala (3ª pessoa). Neste último caso, o pronome é aquele (aquela, aquilo).

Vejamos: 1ª pessoa: este, esta, isto; 2ª pessoa: esse, essa, isso e 3ª pessoa: aquele, aquela, aquilo.

a) Esteesta isto são usados para objetos que estão próximos do falante. Em relação ao tempo, é usado no presente.

Exemplos: Este brinco na minha orelha é meu.
Este mês vou comprar um sapato novo.
Isto aqui na minha mão é de comer?

b) Esseessaisso são usados para objetos que estão próximos da pessoa com quem se fala, ou seja, da 2ª pessoa (tu, você). Em relação ao tempo é usado no passado ou futuro.

Exemplos: Quando comprou esse brinco que está na sua orelha?
Esse mês vai ser de muita prosperidade!
Isso que você pegou na geladeira é de comer?
Quando ficar com dúvida a respeito do uso de “esse” ou “este” lembre-se: “este” (próximo a mim, presente) e “esse” (distante de mim, passado e futuro).

Profa. Tathiane Romanelo
Licenciada em Letras
Revisora de Textos

Avaliação da Redação - Os Cinco Pecados Capitais


Veja os equívocos apontados por organizadores de concursos e vestibulares como os mais cometidos pelos candidatos.

1) Ordenação das ideias

A falta de ordenação é um erro comum e indica, segundo os organizadores de vestibulares, que o candidato não tem o hábito de escrever. O texto fica sem encadeamento e, às vezes, incompreensível, partindo de uma ideia para outra sem critério, sem ligação.

2) Coerência e coesão

Em muitas redações, fica evidente a falta de coerência: o candidato apresenta um argumento para contradizê-lo mais adiante. Já a redundância denuncia outro erro bastante comum: falta de coesão. O candidato fica dando voltas num assunto, sem acrescentar dado novo. É típico de quem não tem informação suficiente para compor o texto.

3) Inadequação

A inadequação é um tipo de erro capaz de aparecer inclusive em redações corretas na gramática e ortografia e coerentes na estrutura. Nesse caso, os candidatos costumam fugir ao tema proposto, escolhendo outro argumento, com o qual tenham maior afinidade. O distanciamento do assunto pode custar pontos importantes na avaliação.

4) Estrutura dos parágrafos

Muitos dos candidatos têm demonstrado dificuldade em separar o texto em parágrafos. Sem a definição de uma ideia em cada parágrafo, a redação fica mal-estruturada. Um erro muito comum, nesse caso, é cortar a ideia em um parágrafo para concluí-la no seguinte. Ou, então, deixar o pensamento sem conclusão.

5) Estrutura das frases

Erros de concordância nos tempos verbais, fragmentação da frase, separando sujeito de predicado, utilização incorreta de verbos no gerúndio e particípio são algumas das falhas mais comuns nas redações. Esses erros comprometem a estrutura das frases e prejudicam a compreensão do texto.

A Redação nos Concursos e Vestibulares


Ao longo de nossa existência nos deparamos com infinitos obstáculos, uns em menor grau, outros um tanto quanto complexos. Tal afirmativa comprova aquela popular expressão, retratada pelos seguintes dizeres – “Viver tornou-se uma arte”.

Como artistas deste processo, estamos constantemente tentando superar tais obstáculos e, sobretudo, posicionarmo-nos da melhor forma possível perante aos fatos circunstanciais regidos pela sociedade. Dentre estas circunstâncias figura-se a necessidade de “arquitetarmos” nosso perfil no que tange ao campo profissional no intuito de desfrutarmos dos benefícios garantidos por um bom emprego. Mas... tudo isso não nos é gratuito, haja vista que busca e êxito caminham lado a lado.

Todos esses pressupostos, assim discorridos, nos faz lembrar de algo inevitável àqueles que “buscam” – mais precisamente, Enem, concursos e vestibulares. Há uma parte constitutiva, e por que não dizer, elementar, que a eles se referem: a Redação. Muitos a estigmatizam, concebendo-a como algo pavoroso, inacessível. Mas, ao contrário do que a maioria pensa, esta “prova de fogo” tende a ser realizada com tamanha facilidade, bastando para isso um pouco mais de prática.
Visando a esta praticidade, abaixo seguem relacionados alguns procedimentos que porventura garantirão a eficácia dos resultados que se almeja. Eis, portanto:

* Digamos que o passo essencial é mentalizar que não podemos escrever sobre algo do qual não temos conhecimento. Neste ínterim, cercarmo-nos de conhecimentos relativos aos fatos atuais, que funcionam como a palavra de ordem. Grande parte destes exames costumam basear-se em temas polêmicos. Como subsídio, é bom que se ressalte sobre a importância de nos familiarizarmos com diversas fontes informativas, sejam revistas, jornais (tanto impressos quanto orais) e livros em geral;

* Praticar significa, em seu sentido literal, constantemente exercer a escrita, pois a cada produção adquire-se uma nova performance, atribuída pela ampliação do vocabulário e, consequentemente, pela boa qualidade da competência discursiva;

* Falando em competência, é altamente digno de nota apontar sobre a importância de termos conhecimentos acerca das situações comunicativas que envolvem os interlocutores, retratados pelos diferentes gêneros coparticipantes da nossa posição enquanto seres sociais. Desta feita, há que se mencionar a carta argumentativa, de leitor, o artigo de opinião, o editorial, dentre tantos outros, pois cada um é regido por peculiaridades no que se refere às características de natureza linguística;

* Relevante também é o fato de que, enquanto emissores, estamos escrevendo para o “outro” e, para tanto, um dos aspectos que se leva em consideração é a capacidade do candidato em expressar-se claramente, de modo a interpretar dados e fatos, estabelecer relações e conclusões e, consequentemente, questionar e argumentar de modo coerente e coeso;

* Ao enfatizarmos sobre clareza, esta, por sua vez, engloba nossa competência relacionada aos fatos linguísticos, isto é, pontuação adequada, parágrafos bem dispostos e cuidadosamente elaborados, sem esquecer que o discurso deve estar em consonância com o padrão formal que rege a linguagem, atendo-se à concordância, regência, e demais elementos gramaticais;

* Outro aspecto, por vezes notório, é a fidelidade ao tema proposto, uma vez que a fuga deste implica na automática desclassificação perante o concurso. O ideal é ler atentamente a coletânea e identificar o tema e o tipo de texto ora requisitado e só então partir para a elaboração do texto em si. Lembrando-se de que no momento da escrita algumas falhas são inevitáveis, tais como as rasuras – inaceitáveis, por sinal. Portanto, a sugestão é começar rascunhando as ideias, e antes de passá-las definitivamente para a folha oficial é sempre viável fazer uma releitura, pois, mediante tal procedimento, há a possibilidade de novos acréscimos, supressões, dentre outros, visando senão à perfeição, pelo menos a um trabalho considerado plausível.

30 Dicas Para Escrever Melhor


Todos precisamos escrever e falar bem. A escrita demonstra a capacidade das pessoas de organizar pensamentos e idéias. Ler e Escrever bem, hoje, é fundamental para um bom funcionário. Ao falar bem um funcionário demonstra sua capacidade de comunicação. Essas Dicas de Português são importantíssimas para uma boa comunicação. Sempre gostei de dar dicas que trazem exemplos. Espero que os leitores gostem e que meus alunos consigam guardar essas Dicas de Redação com esses exemplos divertidos.

Vamos a elas:

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. não esqueça as maiúsculas no início das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??... então valeu!

9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda.

10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros não tem idéias próprias".

13. Frases incompletas podem causar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma idéia várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!!

25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da idéia nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante.

29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!... nada de mandar esse trem... vixi... entendeu bichinho?

30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá agüentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar.

Eu sei que com estas dicas, que acabamos de ler, você se esforçará mais para errar menos, e que através desses exemplos, percebeu o quanto a escrita é importante.

Eu confio em você!

Normalização ou Normatização


Muitas pessoas têm dúvidas quanto à utilização dessas palavras, acreditando que um ou outro termo não existe, considerando somente um deles como correto. Essa é a dúvida do leitor Carlos Caprara, que nos enviou uma carta discutindo o assunto. Na verdade, a língua portuguesa permite o registro das duas formas, normalização e normatização, embora normatização não conste do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

Na Língua Especializada (que abriga a terminologia da área tecnológica) adotam-se, para a formação de termos técnicos, os critérios estabelecidos na norma ISO 704. A ABNT* também adota esses mesmos princípios. O termo normalização está em plena conformidade com esses critérios e seu uso está consagrado há 50 anos. Além disso, o conceito (ou significado, para os que se ocupam com a língua geral), quando bem definido, pode nortear o processo de formação de um termo de qualquer língua especializada, como é o caso de normalização.

O professor Sérgio Nogueira Duarte escreveu na "Coluna Viva", no Jornal do Brasil de 8 de fevereiro de 1998: "Sobre normatizar, existem muitas dúvidas. A maioria das empresas brasileiras usa o verbo com o sentido de criar normas, estabelecer padrões. Entretanto, muitas organizações preferem o verbo normalizar (originalmente significa tornar normal). Provavelmente o normatizar foi criado para evitar confusões. Muita gente gostou, o verbo se propagou e o Aurélio registrou. Para quem quiser usar o verbo normatizar, já existe o respaldo no dicionário. Você decide."

Ou seja, normalização é uma palavra que vem do verbo normalizar, sendo que normatizar/normatização são termos que surgiram pelo senso comum. Em consulta a vários dicionários da língua portuguesa, verificamos que o único que inclui o termo normatizar é justamente a última edição do Aurélio. Nas edições anteriores, o termo não constava.

A ABNT utiliza e define normalização como "a atividade que visa a elaboração de Normas Técnicas, através de consenso entre produtores, consumidores e entidades governamentais" (Conheça a ABNT - RJ, ABNT, 1994).

A CNI - Confederação Nacional da Indústria utiliza e define normalização como "o processo de estabelecer e aplicar regras a fim de abordar ordenadamente uma atividade específica, para o benefício e com a participação de todos os interessados, e em particular de promover a otimização da economia levando em consideração as condições funcionais e as exigências de segurança". (CNI - Normas Técnicas - Conhecendo e Aplicando na Sua Empresa - RJ, CNI, Dampi, 1995).

Se você deseja saber mais sobre normalização, existem também alguns livros sobre o assunto:

Normalização e Confiabilidade - Notas de Aula, de Carlos Luiz Regazzi. Cefet.
As Vantagens Econômicas da Normalização. ABNT.
Objetivos e Princípios da Normalização. ABNT.
Treinamento Básico em Gestão da Qualidade: Programa de Extensão Tecnológico em Normalização e Qualidade Industrial. Inmetro.
Uma Visão da Normalização, de Franklin Cláudio Souto. Qualitymark.

*ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Os princípios e métodos para formação e designação de um termo podem ser verificados na Norma ISO 704.

A Prazo e A Vista ou À Prazo e À Vista?


"Qual é a forma de pagamento?" Após escolhermos um produto em uma loja, todos nós ouvimos esta pergunta. Ela é recorrente no dia-a-dia e a sua resposta merece atenção especial, pois mexe em nosso programa de gastos. Mas, dentre as variações escritas dessas formas que vemos nas lojas, qual é a correta? A prazo ou à prazo, a vista ou à vista?

1. Só para lembrar, ocorre crase quando há a fusão da preposição “a” com o artigo “a” ou “as”, portanto, somente diante de palavras femininas, subentendidas ou não.

2. Sabendo disso, já podemos deduzir o porquê da não-ocorrência de crase diante da palavra “prazo”: trata-se de um substantivo masculino. Sendo assim, para atrair clientes, as lojas podem oferecer a vantagem de vender seus produtos A PRAZO.

3. A expressão “à vista” é uma locução feminina e deve ser escrita com crase por motivo de clareza, para garantir o entendimento da frase. “João vendeu a vista” pode significar que ele tenha vendido os próprios olhos. Sendo assim, caso as lojas queiram oferecer descontos a quem paga quantia no ato da compra, podem anunciar que os produtos devem ser pagos À VISTA.

Obrigado eu ou Obrigado você?


Não diga “obrigado você”, mas sim “obrigado eu” ou “não há de quê”, “de nada”.

O “obrigado (a)”, que se revela como a mais recorrente forma de agradecimento que norteia as nossas relações interpessoais, é constantemente alvo de questionamentos acerca das suas marcas linguísticas. Assim, diante de tal circunstância, trazemos para você, caro (a) usuário (a), algumas elucidações para sanar esse imbatível entrave, a começar pelas flexões da forma “obrigado”.

Por se tratar de um adjetivo, ele é passível de mudanças no quesito gênero, ou seja, o emissor diz obrigado; e a emissora diz obrigada. E quanto à flexão de número? Será esta palavra também passível de tal mudança? Sim, por que não? Veja: Obrigadas e obrigados foram ditos simultaneamente por aquele grupo de pessoas (em se tratando de homens e mulheres).

Analisados esses pressupostos, partamos agora para aquela que, possivelmente, apresenta-se como a mais crucial das dúvidas: considere dois interlocutores, evidenciados por um que agradece e outro que responde ao agradecimento. Quando alguém diz “obrigado”, tal enunciação se refere à ideia de que quem a profere se sente na obrigação para com a pessoa à qual faz o agradecimento. Mas... como deve ser a resposta dada ao agradecimento ora em questão? Obrigado eu ou obrigado você?

Perceba que se o interlocutor disser: “obrigado você”, soa como uma forma descortês, visto que a pessoa que faz o agradecimento é que se torna obrigada a algo. Dessa forma, opte por descartar essa possibilidade, sim?

Agora, se a situação fizer referência a um “obrigado eu”, aí sim, quem está respondendo ao agradecimento se sente como se tivesse, também, uma obrigação para com a outra pessoa. Se ainda assim tal posicionamento lhe parecer assim, digamos... estranho, opte por dizer apenas:


“Por nada”, “Não há de quê”, “Eu que agradeço”, “De nada”.


Fontehttp://www.portugues.com.br/gramatica/ortografia/obrigado-eu-ou-obrigado-voce.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter. por: Vânia Maria do Nascimento Duarte.

Os 27 erros da Língua Portuguesa que você não pode errar


Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior frequência, merecem atenção redobrada. O primeiro capítulo deste manual inclui explicações mais completas a respeito de cada um deles.

Veja os 27 mais comuns do idioma e use esta relação como um roteiro para fugir deles.

1. “Mal cheiro”, “mau-humorado”'. Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.

2. “Fazem” cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.

3. “Houveram” muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.

4. “Existe” muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam ideias.

5. Para “mim” fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.

6. Entre “eu” e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.

7. “Há” dez anos “atrás”. Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.

8. “Entrar dentro”. O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.

9. “Venda à prazo”. Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.

10. “Porque” você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.

11. Vai assistir “o” jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão.  Outros verbos com a: A medida não agra-dou (desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.

12. Preferia ir “do que” ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória.

13. O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias.

14. Não há regra sem “excessão”. O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: “paralizar” (paralisar), “beneficiente” (beneficente), “xuxu” (chuchu), “previlégio” (privilégio), “vultuoso” (vultoso), “cincoenta” (cinquenta), “zuar” (zoar), “frustado” (frustrado), “calcáreo” (calcário), “advinhar” (adivinhar), “benvindo” (bem-vindo), “ascenção” (ascensão), “pixar” (pichar), “impecilho” (empecilho), “envólucro” (invólucro).

15. Quebrou “o” óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.

16. Comprei “ele” para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me.

17. Nunca “lhe” vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama.

18. “Aluga-se” casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.

19. “Tratam-se” de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos.

20. Chegou “em” São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.

21. Atraso implicará “em” punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade.

22. Vive “às custas” do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não “em vias de”: Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão.

23. Todos somos “cidadões”. O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.

24. O ingresso é “gratuíto”. A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.

25. A última “seção” de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cine-ma, sessão de pancadas, sessão do Congresso.

26. Vendeu “uma” grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc.

27. “Porisso”. Duas palavras, por isso, como de re-pente e a partir de.

Deem, Dêem ou Deêm


A forma correta de escrita da palavra é deem, sem acento circunflexo. Deem é a forma conjugada do verbo dar na 3.ª pessoa do plural do presente do subjuntivo. A palavra dêem, com acento circunflexo, está errada desde a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, em janeiro de 2009.

Verbo dar – presente do subjuntivo:
(Que eu) dê
(Que tu) dês
(Que ele) dê
(Que nós) demos
(Que vós) deis
(Que eles) deem

Exemplos com deem
É urgente que eles deem a confirmação.
Deem ou não deem valor, o que eu faço é importante!
Eu quero que eles deem uma olhada no documento.
O verbo dar se refere ao ato de pôr outra pessoa na posse de algo, de organizar um evento, de transmitir informação, de realizar uma ação, de ser a causa de algo, de suceder um acontecimento, de ter como consequência, de se dedicar, de ter uma relação harmoniosa, de ser suficiente, de bater, de dar conta de, entre outros. Possui vários significados, sendo frequentemente utilizado pelos falantes.

Dar tem sua origem na palavra em latim dare e é sinônimo de conceder, doar, oferecer, fornecer, realizar, informar, originar, provocar, realizar-se, resultar, aplicar-se, adequar-se, bastar, bater, entender,…

Deem e o acordo ortográfico
Segundo o acordo ortográfico, já não deverá ser utilizado o acento circunflexo em verbos com conjugações da 3.ª pessoa do plural terminadas em –eem.

Antes da reforma ortográfica: eles dêem, eles vêem, eles crêem, eles lêem, …
Depois da reforma ortográfica: eles deem, eles veem, eles creem, eles leem, …

Têm e vêm: não confundir!
As formas conjugadas dos verbos vir e ter (e seus derivados) na 3.ª pessoa do plural do presente do indicativo mantêm o acento circunflexo, visto serem terminadas em -em e a retirada do acento circunflexo ter ocorrido apenas nas palavras terminadas em -eem. Assim, conjuga-se: eles têm, eles vêm, eles mantêm, eles detêm,...

Exemplo com terminação -êm
Elas têm saudades de você!
Os viajantes vêm amanhã para o Rio de Janeiro.
Eles detêm todo o poder, não há nada que possamos fazer.
Palavra relacionada: dar.

Fica a Dica:

À Custa de ou às custas de ?


"Custas”, assim no plural, tem sentido jurídico de “despesas previstas em lei e devidas pela formação de atos judiciais”, de acordo com o dicionário “Houaiss”. Com outro sentido, é sempre no singular. Sendo assim, “não pretendo viver à custa de meu pai”.

Faz dois anos ou Fazem dois anos?


Para indicar ideia de tempo transcorrido, o verbo “fazer” é impessoal, isto é, deve ser mantido no singular. O que se quer estabelecer é o intervalo entre o momento em que se está e o momento em que o fato ocorreu. Sendo assim, “faz dois anos que eu trabalho nesta empresa”.

A Crase e os Períodos de Tempo


Lojas, supermercados e outros estabelecimentos têm sempre seu horário de funcionamento exposto para quem quiser ver. Até aí tudo bem. A partir disto, vemos crases e abreviações sem critério em quase todos esses informativos. Vamos entender como isto funciona.
A abreviação de horas é “h”. Somente “h”, junto ao número, sem espaço e sem mais letras depois disso. Portanto, é errado escrever “hs”, “hs.”, “hrs” ou “hrs.”. Só para reforçar, a abreviação é única para singular e plural: “h”. O mesmo vale para os minutos: “min”.
Crase = preposição “a” + artigo definido “a” ou “as”
Para determinar um período utilizando os dias da semana, usamos as preposições “de” e “a”: “de segunda a sexta-feira”. Neste caso não há crase porque não usamos artigo para mencionar esses dias, assim temos só a preposição “a”.
Para as horas, há duas possibilidades. Sem o artigo definido, portanto, sem crase: “de 8h a 18h” e com o artigo definido, portanto, com crase: “das 8h às 18h” (= de+as 8h a+as 18h). Por isso não faz sentido escrever “das 8h a 18h” ou “de 8h às 18h”.