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Até às ou Até as - Até à ou Até a


As duas construções estão corretas. O uso da crase é facultativo após a preposição até visto ser igualmente facultativo o uso da preposição a após a preposição até: até ou até a

Optando-se pelo uso da preposição a após a preposição até, ocorrerá obrigatoriamente crase antes de substantivos femininos determinados com artigos definidos:

até à empresa;
até à escola;
até à praça;
...
Optando-se pelo uso da preposição até sem a preposição a, não ocorrerá crase:

até a empresa;
até a escola;
até a praça;
...
Até mais preposição a
Embora o uso da preposição a após a preposição até seja permitido, é desaconselhado por ser considerado desnecessário. Com a presença da preposição a ocorrerá contração com o artigo definido sequente.

Até a + a loja = até à loja
Até a + as lojas = até às lojas
Até a + o portão = até ao portão
Até a + os portões = até aos portões

Exemplos com até às em noções espaciais
De tarde vou até às praias da zona sul, para visitar.
A diretora do colégio foi da portaria até às salas de aula repreendendo os alunos.
Pode acreditar que iremos até às últimas consequências.
Exemplos com até às em noções temporais
A livraria estará aberta até às 19h.
Hoje estarei no escritório apenas até às 15h.
O prazo de entrega é até às 11h.
Até sem preposição a
Sem a presença da preposição a após a preposição até, existe apenas um artigo definido que determina um termo sequente.

Até + a loja = até a loja
Até + as lojas = até as lojas
Até + o portão = até o portão
Até + os portões = até os portões

Exemplos com até as em noções espaciais
De tarde vou até as praias da zona sul, para visitar.
A diretora do colégio foi da portaria até as salas de aula repreendendo os alunos.
Pode acreditar que iremos até as últimas consequências.
Exemplos com até as em noções temporais
A livraria estará aberta até as 19h.
Hoje estarei no escritório apenas até as 15h.
O prazo de entrega é até as 11h.
Até: ambiguidade de sentidos
Como a palavra até pode ser uma preposição que indica um limite ou um advérbio que indica uma inclusão, a preposição a é maioritariamente utilizada para evitar essa ambiguidade de sentidos.

As águas inundaram as ruas até a praça. (incluindo a praça)
As águas inundaram as ruas até à praça. (até próximo da praça)
O fogo queimou as paredes da casa até o telhado. (incluindo o telhado)
O fogo queimou as paredes da casa até ao telhado. (até próximo do telhado)

O uso da crase na indicação de horas


Quando usar crase e quando não usar nas indicações de horas?
Para indicar horário devemos usar a crase ou não?

Tal ocorrência linguística perfaz-se de aspectos específicos

O uso da crase, sem dúvida, representa um dos entraves que acometem um grande número de usuários do sistema linguístico. Contudo, vale dizer que esse bicho “monstruoso”, aos poucos vai se redefinindo e adquirindo novas concepções mediante o desenvolvimento de determinadas habilidades, como, por exemplo, a prática constante da leitura.

Nesse ínterim, o que se encontra em jogo é o que chamamos de memória visual, pois ao estabelecermos contato com esta ou aquela palavra, passamos a internalizá-la, tendo em vista todos os seus aspectos, sobretudo no que tange à ortografia. Nesse sentido, nada que algumas dicas também não representem um valioso benefício, não é verdade? Para tanto, façamos primeiramente uma breve retomada acerca do conceito de crase e, em seguida, nesse estudo, priorizaremos o uso dela em se tratando da indicação de horas.

Sabemos que a CRASE é a fusão do artigo feminino “a”, ou seja, manifesta-se sempre nas palavras que o admitem, mais a preposição “a”, isto é, se o termo regente (o nome ou o verbo) exige complemento preposicionado. Tal fusão pode também se dar com os pronomes demonstrativos “aquele(s)”, “aquela(s)” e “aquilo”.

Em termos gerais, recomenda-se utilizar crase antes das locuções femininas, sejam essas prepositivas (à espera de...), conjuntivas (à proporção que, à medida que...) ou adverbiais (às vezes, à noite...). Assim sendo, integrando essas últimas está a indicação de horas, representadas por:

  • Saímos às 20h;
  • Chegamos às 2h;
  • Ela viajará às 19h50, entre outros exemplos.

Constatamos, portanto, que se trata da indicação exata das horas. Nesse caso, recomenda-se o uso da preposição “a”.

Contudo, há que ressaltar que nem sempre esse uso (o da preposição “a”) é frequente, pois pode ocorrer o uso de outra preposição, tais como as demonstradas nos exemplos subsequentes:

  • Eles chegaram após as 18h30.
  • Estamos aqui desde as 20h.
  • A companhia energética avisa que faltará energia entre as 12h e as 14h.
  • A conferência está marcada para as 15h.

Mediante tal ocorrência (uma vez que as preposições se encontram demarcadas), o emprego da crase é desnecessário.

Pagar o dentista ou Pagar ao Dentista?


Pagar algo a alguém, portanto, “pagar ao dentista”. Correto, mas, de acordo com o “Dicionário Prático de Regência Verbal”, de C. P. Luft, atualmente as duas formas (com e sem a preposição “a”) são aceitas e já estão registradas na nossa literatura. Sendo assim, “pagarei O/AO médico”.

A Prazo e A Vista ou À Prazo e À Vista?


"Qual é a forma de pagamento?" Após escolhermos um produto em uma loja, todos nós ouvimos esta pergunta. Ela é recorrente no dia-a-dia e a sua resposta merece atenção especial, pois mexe em nosso programa de gastos. Mas, dentre as variações escritas dessas formas que vemos nas lojas, qual é a correta? A prazo ou à prazo, a vista ou à vista?

1. Só para lembrar, ocorre crase quando há a fusão da preposição “a” com o artigo “a” ou “as”, portanto, somente diante de palavras femininas, subentendidas ou não.

2. Sabendo disso, já podemos deduzir o porquê da não-ocorrência de crase diante da palavra “prazo”: trata-se de um substantivo masculino. Sendo assim, para atrair clientes, as lojas podem oferecer a vantagem de vender seus produtos A PRAZO.

3. A expressão “à vista” é uma locução feminina e deve ser escrita com crase por motivo de clareza, para garantir o entendimento da frase. “João vendeu a vista” pode significar que ele tenha vendido os próprios olhos. Sendo assim, caso as lojas queiram oferecer descontos a quem paga quantia no ato da compra, podem anunciar que os produtos devem ser pagos À VISTA.

A Crase e os Períodos de Tempo


Lojas, supermercados e outros estabelecimentos têm sempre seu horário de funcionamento exposto para quem quiser ver. Até aí tudo bem. A partir disto, vemos crases e abreviações sem critério em quase todos esses informativos. Vamos entender como isto funciona.
A abreviação de horas é “h”. Somente “h”, junto ao número, sem espaço e sem mais letras depois disso. Portanto, é errado escrever “hs”, “hs.”, “hrs” ou “hrs.”. Só para reforçar, a abreviação é única para singular e plural: “h”. O mesmo vale para os minutos: “min”.
Crase = preposição “a” + artigo definido “a” ou “as”
Para determinar um período utilizando os dias da semana, usamos as preposições “de” e “a”: “de segunda a sexta-feira”. Neste caso não há crase porque não usamos artigo para mencionar esses dias, assim temos só a preposição “a”.
Para as horas, há duas possibilidades. Sem o artigo definido, portanto, sem crase: “de 8h a 18h” e com o artigo definido, portanto, com crase: “das 8h às 18h” (= de+as 8h a+as 18h). Por isso não faz sentido escrever “das 8h a 18h” ou “de 8h às 18h”.