Havia ou Haviam


Havia ou haviam?

Sempre é bom lembrar que o verbo “haver”, quando empregado no sentido de “existir” ou de “ocorrer”, é impessoal. Isso quer dizer que deve ser conjugado apenas na terceira pessoa do singular, qualquer que seja o tempo (há, houve, havia, houvera, houver, houvesse etc.).

O mesmo vale para os auxiliares do verbo “haver” em construções do tipo “deve haver”, “pode haver”, “vai haver”, “há de haver” etc. No fragmento abaixo, o redator tratou como sujeito aquilo que é objeto direto:

No seu bolso, os policiais da Deatur encontraram outros dois relógios de luxo, da marca Rolex. Na casa dele, haviam outros 14 relógios.

Como nessa acepção não admite sujeito, o verbo “haver” deve permanecer no singular:

No seu bolso, os policiais da Deatur encontraram outros dois relógios de luxo, da marca Rolex. Na casa dele, havia outros 14 relógios.

O verbo “haver” pode admitir o sujeito, mas isso geralmente ocorre em situações formais (“Nunca houveram o que perderam”, “Não houvemos o resultado pretendido” etc.). Entre as menos formais (e mais frequentes) estão aquelas em que é empregado como auxiliar: “Eu hei de vencer”, “Eles haverão de entender isso em algum dia”, “Eles haviam chegado antes do anoitecer” etc.

As Classes de Palavras da Língua Portuguesa

As Classes Gramaticais de Palavras da Língua Portuguesa


Atualmente, são reconhecidas dez classes de palavras pelos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.



Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.

Podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:


SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.

Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.

Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.

Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.

PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.

Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.

Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.

Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.

Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.

Exemplo: em, de, para, por, etc.

CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.

Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.

Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!



TEORIA DE ANTON MAKARENKO


Anton Makarenko nasceu na Ucrânia soviética, em 1888, e morreu em 1939 de um ataque cardíaco. 

Filho de pai operário foi criado num ambiente bem proletário, e sempre ouvindo da família que a escola não era para ele, filho de operário. Toda a sua vida, seu compromisso, seu envolvimento foi atrelado às lutas trabalhistas.

Conhecido como um educador rígido e duro, mas muito aberto com seus alunos. Mais do que educar com rigidez e disciplina, Makarenko defendia a formação de personalidades, que fossem pessoas cultas, saudáveis, pessoas conscientes de seu papel político, e que se preocupassem com o bem estar do grupo.

Estudou no Instituto de Pedagogia de Potalva, onde se especializou no magistério. Ensinou na Escola Primária das Oficinas Ferroviárias. Depois de oito anos de ensino, assumiu a direção da escola. Em 1917, na Colônia Máximo Gorki, começou a desenvolver um trabalho com crianças e jovens abandonados que viviam na marginalidade. Eram jovens delinquentes, infratores, órfãos de guerra e prostitutas.

A proposta pedagógica de Makarenko era formar indivíduos participativos e responsáveis, capazes de tomar decisões sociais e dirigir a própria vida. Era uma proposta que apontava para uma vida em grupo, onde a característica fundamental era preparar o individuo para o advento do trabalho e da democracia.

A proposta era então, organizar uma escola voltada para a coletividade, levando em consideração os sentimentos dos jovens e a busca pela felicidade. Para o aluno, sempre devia existir um espaço no universo escolar, onde ele pudesse discutir seus interesses e suas necessidades, como também sua própria vida.

Para Makarenko, a participação dos pais na vida escolar não só era importante, mas deviam ser estimulados a participar de atividades culturais e recreativas. Eram os pais e mestres, que ofereciam as diretrizes fundamentais às atividades de filhos e estudantes.

A pedagogia de Makarenko ficou conhecida e reconhecida por muitos, por atender as necessidades da época, e por apresentar uma proposta de transformar centenas de crianças e adolescentes marginalizados em cidadãos.

O que é Polissemia?


Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra, mas que abarca um grande número de significados dentro de seu próprio campo semântico.

Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per- cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em consideração as situações de aplicabilidade. Há uma infinidade de exemplos em que podemos verificar a ocorrência da polissemia:

O rapaz é um tremendo gato. O gato do vizinho é peralta.
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
sobrevivência
O passarinho foi atingido no bico.

Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido de “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”, que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou “jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o formato quadriculado que têm.

O que é Semântica?


Semântica é o estudo da significação das palavras e das suas mudanças de significação através do tempo ou em determinada época. A maior importância está em distinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e homônimos e parônimos (homonímia / paronímia).

5 Passos para escrever um texto



1) Escreva colocando suas ideias e intensões no papel. Não se preocupe com o resultado final, apenas coloque tudo que vier a mente. Não se preocupe com a ordem das ideias, nem com a gramática, tampouco com a ortografia, apenas coloque o máximo de informações que puder no papel.

2) Reescreva o texto colocando tudo em ordem, acrescente algo a mais ou retire o que sobrar, esse é um momento para lapidar aquilo que se tem em mente.

3) Revise o texto, tenha agora a preocupação com o leitor, acerte a pontuação, ortografia, coesão e coerência, sintaxe, etc.

4) Formate/Diagrame o texto. Formatar significa dar forma ao texto. Formatar nos padrões exigidos ou apenas formatar deixando o texto agradável e menos cansativo para o leitor, a diagramação do texto ajuda a organizar as ideias de quem lê e portanto faz toda diferença um texto bem formatado.

5) Imprima o texto.

Repita os passos quantas vezes for necessário.

Contração da preposição com o artigo


Quando usar ou não a contração da preposição (de, por, em, a etc) com o artigo (a, o, um, uma, as, os, uns, umas)?

As preposições são palavras invariáveis que relacionam dois termos de uma frase e que podem contrair-se com artigos definidos e demonstrativos.

Não se faz a contração das preposições de, em e por com o, a, os, as, ou com qualquer forma de pronomes ou advérbios começados por vogal, quando se trata de uma construção de infinitivo, flexionado ou não. Exemplos:

"O problema resultou de a secção de contabilidade ter enviado o NIB errado."

"Preocupa-me o fato de ele não estar preocupado."

"O cão pôs-se a rosnar pouco antes de uma moça ter aparecido."

"O problema está em o homem não querer pagar impostos."

"Esperou por o João chegar."


Note-se que, noutras circunstâncias, as preposições que se contraem são a, por, em e de com:

1. artigos definidos ou pronome demonstrativo feminino;
Exemplo: "No domingo vou à missa."

2. pronome demonstrativo;
Exemplo: "Gosto deste livro."

3. artigo definido masculino e feminino;
Exemplo: "Nos dias de hoje é imprescindível o acesso à Internet."

4. artigo indefinido;
Exemplo: "Consegui perder 15 kg num ano."

5. pronome demonstrativo;
Exemplo: "Qual destas revistas preferes?"

6. pronome pessoal;
Exemplo: "O jantar foi feito pelo meu pai."

7. pronome indefinido;
Exemplo: "Já vi esta pessoa nalgum sítio."

O que é BNCC?


A BNCC é a Base Nacional Comum Curricular, um documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica.

Seu principal objetivo é ser a balizadora da qualidade da educação no País por meio do estabelecimento de um patamar de aprendizagem e desenvolvimento a que todos os alunos têm direito!