TEORIA DE LEV VIGOTSKY


Vigotsky, psicólogo, nasceu na Rússia  em 1896 e morreu em 1934 com apenas 37 anos, vítima de tuberculose. Estudou na Universidade Popular de Shanyavoskii, formando-se em direito, mas também se dedicou aos estudos intelectuais de Filosofia, Literatura, História e Psicologia.

Estudou Francês, Alemão, Inglês, Hebraico, Latim e Grego. Teve um tutor particular até entrar na escola, para fazer o curso secundário, graduando-se com medalha de ouro. Desde adolescente, seus colegas o chamavam de “o pequeno professor”, pois ele já gostava dos estudos intelectuais que marcariam sua vida.

Foi  professor  e  pesquisador  no campo de Defectologia, das Artes, Literatura e Psicologia. Além do fato de ser professor, a preocupação de Vigotsky com a educação tinha também motivos políticos, pois era um de seus compromissos revolucionários. Formou-se também em Medicina e a partir de 1924, no Instituto Soviético de Medicina Experimental, aprofundou suas investigações na Psicologia.

Já tuberculoso, iniciou um período de intensa produção de conferências, textos e pesquisas, principalmente com crianças portadoras de deficiências visuais e auditivas. Trabalhou no Instituto de Psicologia de Moscou, onde iniciou um período de intensa produção de textos e pesquisas a respeito do desenvolvimento intelectual, defendendo que todo conhecimento é constituído socialmente, a partir das relações humanas. Dono de uma inteligência brilhante, ele buscou na Psicologia respostas para suas dúvidas e acabou por elaborar uma teoria do desenvolvimento intelectual, sustentando que todo conhecimento é construído socialmente, no âmbito das relações humanas. Para ele, “na ausência do outro, o homem não se constrói homem”.

Na sua teoria, Vigotsky diz que para o homem se desenvolver e evoluir, é necessário o convívio com outras pessoas, e partir daí, ele vai adquirir e assimilar conhecimentos, desenvolvendo-se mentalmente. Acrescenta que a vivencia em sociedade é essencial para a transformação do homem de ser biológico em ser humano. É pela aprendizagem nas relações com os outros que construímos os conhecimentos que permitem nosso desenvolvimento mental. O conhecimento é sempre intermediado. Nenhum conhecimento é construído pela pessoa sozinha, mas sim em parceria com as outras, que são os mediadores. Na escola, o professor e os colegas mais experientes são os principais mediadores, daí ser o objetivo da escola transformar os conceitos espontâneos, que a criança desenvolve na convivência social, em conceitos científicos.

A linguagem é para  Vigotsky, o principal instrumento de intermediação do conhecimento entre os seres humanos, e tem relação direta com o próprio desenvolvimento psicológico. Para ele, a aprendizagem está relacionada ao desenvolvimento desde o inicio da vida humana e inclui relações entre os indivíduos. A relação ensino-aprendizagem é um processo global de relação interpessoal que envolve alguém que aprende, alguém que ensina, e a escola é o lugar por excelência na qual o processo intencional ensino-aprendizagem ocorre, podendo envolver intervenção que conduza á aprendizagem.

Vigotsky elaborou uma teoria do desenvolvimento intelectual, sustentando que nenhum conhecimento pode ser elaborado sozinho, criou o Sócio-construtivismo, ou como preferem alguns especialistas, Sócio-interacionismo, justificando como fundamental à questão cultural e à questão afetiva. Para o ser humano, o meio é sempre revestido de significados culturais. O fator cultural é a diferença central entre os dois teóricos, Piaget e Vigotsky.

Considera a capacidade do homem de raciocinar, como também de sensibilizar-se e se emocionar. Dessa forma, um sistema dinâmico de significados em que o afetivo e o intelectual se unem, buscando compreender o sujeito como uma totalidade. Acreditava que o desenvolvimento mental do aluno se determina em dois níveis: O nível de Desenvolvimento afetivo e a Área de Desenvolvimento Potencial.

Vigotsky viveu apenas 37 anos, mas sua produção intelectual foi intensa e relevante, chegando a produzir 200 estudos científicos sobre diferentes temas, controvérsias e discussões da psicologia contemporânea, da pedagogia e das ciências humanas de um modo geral.

Prefaciou a tradução russa de A Linguagem e o Pensamento da Criança de Jean Piaget em 1923. Para a Pedagogia, a contribuição de suas obras para nós educadores se reveste de grande importância, porque traz para o campo educacional uma visão integrada de conhecimentos.

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