Mostrando postagens com marcador Cai em Concurso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cai em Concurso. Mostrar todas as postagens

A Teoria de Jerome Bruner


A ideia de desenvolvimento intelectual ocupa um lugar fundamental na teoria de Jerome Bruner, pois, para ele “ensinar é, em síntese, um esforço para moldar o desenvolvimento” e “uma teoria de ensino versa, com efeito, sobre as várias maneiras de auxiliar o desenvolvimento”.

“O desenvolvimento intelectual caracteriza-se por independência crescente da resposta em relação à natureza imediata do estimulo”. “O desenvolvimento  intelectual  baseia-se em absorver eventos, em um sistema de armazenamento que corresponde ao meio ambiente”. “O desenvolvimento é caracterizado por crescente capacidade para lidar com alternativas simultaneamente, atender a várias sequências ao mesmo tempo, e distribuir tempo e atenção, de maneira apropriada, a todas essas demandas múltiplas”. 

BRUNER é talvez mais conhecido por ter dito que “é possível ensinar qualquer assunto, de uma maneira honesta, a qualquer aluno em qualquer estágio de desenvolvimento”, do que por qualquer outro aspecto de sua teoria. Ao dizer isso, no entanto, ele não quis dizer que o assunto poderia ser ensinado em sua forma final, e sim que seria sempre possível ensiná-lo desde que se levasse em consideração as diversas etapas do desenvolvimento intelectual. Cada uma dessas etapas é caracterizada por um modo particular de representação, que é a forma pela qual o individuo visualiza o mundo e explica-o a si mesmo. Assim, a tarefa de ensinar determinado conteúdo a um aluno, em qualquer idade, é a de representar a estrutura desse conteúdo em termos de visualização que o aluno tem das coisas.

Em relação ao como ensinar, Bruner destaca o processo da descoberta, através da exploração de alternativas, e o currículo em espiral. Segundo Bruner, “o ambiente ou conteúdos de ensino têm que ser percebidos pelo aprendiz em termos de problemas, relações e lacunas que ele deve preencher, a fim de que a aprendizagem seja considerada significante e relevante. Portanto, o ambiente para a aprendizagem por descoberta deve proporcionar alternativa, resultando no aparecimento e percepção, entre as ideias apresentadas, que não foram previamente reconhecidas. A descoberta de um princípio ou de uma relação, por um aluno, é essencialmente idêntica, enquanto processo”.

“Currículo em espiral, por sua vez, significa que o aprendiz deve ter oportunidade de ver o mesmo tópico mais de uma vez, em diferentes níveis de profundidade, e em diferentes modos de representação”.

A aprendizagem por descoberta é muito enfatizada na teoria de Bruner, porém argumenta que deve ser de maneira dirigida, de modo que a exploração de alternativas não seja caótica ou cause confusão e angústia no aluno. "Se, por um lado, um guia de laboratório ou um roteiro de estudo, não devem ser do tipo 'receita de cozinha', por outro, não devem também ser totalmente desestruturados deixando o aluno perdido".

TEORIA DE PAULO FREIRE



A Teoria de Paulo Freire


Nasceu em Recife, Pernambuco, em 1921, e faleceu em São Paulo em consequência de infarto agudo do miocárdio, no ano de 1997. Aprendeu a ler com os pais, à sombra do quintal de sua casa, sua alfabetização partiu de palavras de sua infância, de sua prática, de suas experiências como criança.

Seu giz era os gravetos da mangueira em cuja sombra aprendia a ler, e seu quadro era o chão. O seu pré-escolar foi informal e livre.

Paulo Freire teve uma infância feliz, embora tenha conhecido muito cedo o significado da fome e da miséria.

Freire era o maior defensor da tendência progressiva. Em seus escritos discute a pedagogia do oprimido, introduz a influência da educação bancária, destaca os contrastes entre formas de educação que tratam as pessoas como objetos em lugar de assuntos e, explora a educação como ação cultural.

Ele foi quase tudo o que deve ser como educador. De professor de escola a criador de ideias e métodos.

Segundo Paulo Freire, o homem que detém a crença em si mesmo é capaz de dominar os instrumentos de ação a sua disposição, incluindo a leitura. A metodologia por ele desenvolvida foi muito utilizada no Brasil em campanhas de alfabetização.

No Chile encontrou um clima social e político favorável ao desenvolvimento de suas teses, desenvolvendo durante cinco anos trabalhos em programas de educação de adultos no Instituto  Chileno para a Reforma Agrária. Nesta época escreveu uma das obras mais importantes da sua vida:  A Pedagogia do Oprimido.

Freire nas suas conversas informais costumava sempre dizer, que A Pedagogia do Oprimido, numa visão crítica e filosófica, parte para a transformação do contexto social, tomando assim consciência do mundo vivido.

Paulo Freire concebia educação como reflexão sobre a realidade existencial. Articular com essa realidade nas causas mais profundas dos acontecimentos vividos, procurando inserir sempre os fatos particulares na globalidade das ocorrências da situação.

A aprendizagem da leitura e da escrita equivale a uma releitura do mundo. Ele parte da visão de um mundo em aberto, isto é, a ser transformado em diversas direções pela ação dos homens.

Paulo Freire atribui importância ao momento pedagógico, mas com meios diferentes, como práxis social, como construção de um mundo refletido com o povo. Para Paulo Freire, o diálogo é o elemento chave onde o professor e aluno sejam sujeitos atuantes.

No seu método, a palavra geradora era subtraída do universo vivencial do alfabetizando. Para Freire, a educação é conscientização. É reflexão rigorosa e conjunta sobre a realidade em que vive de onde surgirá o projeto de ação. A palavra geradora era pesquisada com os alunos. Assim, para o camponês, as palavras geradoras poderiam ser enxada, terra, colheita, etc; para o operário poderia ser tijolo, cimento, obra, etc.

Em seu método, Paulo Freire propunha a exploração de tudo: palavras, frases, ditos, modos peculiares de falar, de contar o mundo. Isto visava revelar o mundo vivido pelos analfabetos. Desta forma, resultava num sucesso total.

Paulo Freire criticou tanto aqueles que não procuram compreender suas ideias, quanto os seus seguidores que tomam suas teorias ao pé da letra, fora do contexto.

Em termos de uma proposta para a educação no Brasil, Paulo Freire disse que a educação de um país não é de uma pessoa só, mas do povo, de uma equipe. Explica também que, fazendo parte dessa equipe, faria tudo para achar caminhos através dos quais a escola pudesse superar principalmente a contradição entre a teoria e a prática.



Dois Pontos: Quando Usar?


Use:

Antes de uma citação
Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:

Antes de um aposto
Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.

Antes de uma explicação ou esclarecimento
Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre.

Em frases de estilo direto
Maria perguntou:
— Por que você não toma uma decisão?

TEORIA DE OVIDE DECROLY


Decroly nasceu na Bélgica em 1871 e faleceu em 1932. Era médico, mas muito ligado à educação.

Consagrou seus estudos às crianças que necessitavam de atenções educativas especiais, ou seja, crianças que em sua época eram consideradas como retardadas e anormais.

O teórico propôs uma educação voltada para os interesses destas crianças, que pudesse satisfazer suas curiosidades naturais, que fossem estimuladas a pensar, colocando-as em contato com a realidade física e social.

Achava que estas necessidades geram interesse, e este interesse vai a busca do conhecimento. Este método era mais dedicado às crianças do ensino fundamental.

Baseado nesta teoria, Decroly propôs em 1907 um método globalizado de Centro de Interesse. Este método deve lidar com o conhecimento, a partir dos interesses das crianças em suas várias faixas etárias, de forma globalizante, possibilitando que as crianças tenham uma visão geral do objeto de conhecimento para depois chegar às particularidades e abstrações. Deve lidar também com a organização dos conhecimentos selecionados nas matérias escolares, como ainda propor atividades que vão do empirismo ao abstrato.

A escola deve se assemelhar a uma oficina ou laboratório onde a prática estava presente. Os alunos ativamente observavam, analisavam, manipulavam, experimentavam, confeccionavam e colecionavam materiais mais do que recebiam informações sobre eles. O teórico acreditava que a sala de aula deveria estar em toda à parte, na cozinha, no jardim, no campo, no pátio, na praça, etc. Seria uma escola com portas abertas, tipo uma oficina, onde existisse liberdade, iniciativa, responsabilidade pessoal e social, onde os alunos aprendessem e gostassem de aprender. Ele quis transformar a maneira de aprender e ensinar, e que esta transformação tivesse como princípio a psicologia infantil.

O método globalizado de Centro de Interesse de Decroly foi baseado em cinco princípios psicopedagógicos:

  1. Princípio da Liberdade: a criança tem o máximo de autonomia para realizar seus gostos e necessidades, assim como a busca da motivação para o conhecimento.
  2. Princípio da Individualidade: a criança realiza atividades pessoais diferenciadas, mas, sem perder o seu referencial, o contato com a comunidade.
  3. Princípio da Atividade: “trabalha a tendência dominante na criança da inquietude e do movimento”.
  4. Princípio da Intuição: implica na observação e exploração das coisas, empregando os sentidos.
  5. Princípio da Globalização: a criança pode apresentar dificuldades de perceber partes separadas e depois reconstruir. O principio da globalização permite o desenvolvimento da inteligência através desse modo.

É importante ressaltar que as bases teóricas do método de Decroly, ainda estão muito presentes na educação de hoje, embora se encontre na escola alguns professores que apresentam dificuldades em  trabalhar na sala de aula com uma visão mais globalizadora, e multidisciplinar. O que acontece muitas vezes é o professor trabalhando o conhecimento de maneira fragmentada, e o que é pior, sem seguir nenhuma base curricular.

Tipos de Extensão de Arquivos


Tipos de Extensões mais usadas

.arj - um dos formatos de compressão mais antigos, ainda que hoje em dia não seja muito usado. O programa Unarj descomprime esses arquivos.

.asf - arquivo de áudio ou vídeo executável com o Windows Media Player.

.asp - Active Server Pages. Formato de páginas Web, capazes de gerar conteúdo de forma dinâmica.

.avi - arquivo de vídeo. É o formato dos arquivos DivX. Windows Media Player, Real Player One e The Playa são os mais usados para vê-los.

.bmp - arquivo de imagem, pode ser aberto em qualquer visualizador ou editor de imagens. Sua desvantagem é o grande tamanho dos arquivos em relação a outros formatos otimizados. Provém do ambiente Windows.

.bak - cópia de segurança. Alguns programas, quando realizam modificações em arquivos do sistema, costumam guardar uma cópia do original com essa extensão.

.bat - é uma das extensões que junto a .com e .exe indica que esse é um arquivo executável em Windows. Costuma executar comandos de DOS.

.bin - pode ser um arquivo binário, de uso interno para algumas aplicações e portanto sem possibilidade de manipulação direta, ou de uma imagem de CD, mas nesse caso deve ir unida a outro arquivo com o mesmo nome mas com a extensão .cue.

.cab - formato de arquivo comprimido. Para ver o conteúdo, é preciso usar um programa compressor/descompressor.

.cdi - imagem de CD gerada por DiscJuggler.

.cfg - tipo de arquivo que geralmente serve de apoio a outra aplicação. Normalmente se escrevem nele as preferências que o usuário seleciona por default (padrão).

.com - arquivo executável em ambiente DOS.

.dat - arquivo de dados. Normalmente armazena informações usadas de forma interna por um programa do qual depende. Costuma ser modificado com qualquer editor de texto.

.dll - este tipo de arquivo é conhecido como biblioteca. Costuma ser utilizado pelo sistema operacional de forma interna, para, por exemplo, permitir a comunicação entre um modem e o computador (driver).

.doc - arquivo de texto capaz de armazenar dados referentes ao formato do texto que contém. Para editá-lo é preciso ter o Microsoft Word ou a ferramenta de sistema Wordpad (bloco de notas), entre outros editores de texto.

.dxf - arquivo importado pela maioria dos programas de modelagem 3D.

.exe - arquivo executável. Qualquer programa que queiramos instalar em nosso computador terá essa extensão. Fazendo clique duplo sobre um arquivo com esta extensão iniciamos um processo de instalação ou um programa.

.eps - Encapsulated Postscript. Arquivo de imagens exportadas por grande variedade de programas gráficos como Photoshop, QuarkXPress, Freehand e Illustrator.

.fhx - arquivo de Freehand. O x indica a versão do programa que gerou o arquivo. Assim, a versão 9 do Macromedia Freehand geraria um arquivo .fh9.

.fla - arquivo do Macromedia Flash.

.gif - arquivo de imagem comprimido. Editável com qualquer software de edição de imagem.

.html - Hiper Text Markup Language. Formato no qual se programam as páginas Web. É capaz de dar formato a texto, acrescentar vínculos a outras páginas, chamar imagens, sons e outros complementos. Editável com um editor de textos ou software específico.

.hlp - arquivo de ajuda que vem com os programas.

.ini - guardam dados sobre a configuração de algum programa.

.ico - arquivo de ícone do Windows.

.jpg - arquivo de imagem comprimido, pode ser editado em qualquer editor de imagens.

.js - arquivo que contém programação em JavaScript,utilizado em geral pelos navegadores e editável com qualquer editor de texto.

.log - arquivo de texto que registra toda a atividade de um programa desde que o mesmo é aberto.

.lnk - acesso direto a uma aplicação em Windows. Provém da palavra link (conexão).

.max - arquivo original do programa 3DstudioMax.

.mdb - arquivo de base de dados geralmente gerada pelo Microsoft Access.

.mid - arquivo de áudio relacionado com a tecnologia midi.

.mp3 - formato de áudio que aceita compressão em vários níveis. O reprodutor mais famoso para estes arquivos é o Winamp, ainda que também se possa utilizar o Windows Media Player.

.mpg - arquivo de vídeo comprimido, visível em quase qualquer reprodutor, por exemplo, o Real One ou o Windows Media Player. É o formato para gravar filmes em formato VCD.

.mov - arquivo de vídeo que pode ser transmitido pela Internet graças à tecnologia Apple Quicktime.

.nrg - arquivo de imagem de diso geralmente gerada pelo software de gravação de CDs Nero Burning Rom.

.ogg - formato de áudio comprimido de melhor qualidade que o mp3 e que pode ser reproduzido no Winamp a partir da versão 3.

.ole - arquivo que aplica uma tecnologia própria da Microsoft para atualizar informação entre suas aplicações.

.pdf - documento eletrônico visível com o programa Adobe Acrobat Reader e que conserva as mesmas propriedades de quando foi desenhado para sua publicação impressa. Os manuais online de muitos programas estão nesse formato.

.php - arquivos de páginas Web dinâmicas. É, por sua vez, uma linguagem de programação que permite transladar para a Web conteúdo armazenado em bases de dados.

.pic - arquivo de imagem editável em qualquer editor de imagens.

.png - arquivo de imagem pensado para a Web que se abre com praticamente todos os programas de imagens.

.ppt - arquivo do software de apresentações PowerPoint, da Microsoft.

.qxd - arquivo do software de editoração QuarkXPress.

.rm - arquivo de áudio do Real, codificado de forma especial para ser transmitido pela Rede graças à tecnologia da Real Networks.

.rar - formato de compressão de dados muito popular e que pode ser manipulado pelo Winrar, entre outros.

.rtf - Rich Text Format, ou formato de texto enriquecido. Permite guardar os formatos de texto mais característicos. Pode ser gerado e editado no WordPad e outros.

.reg - arquivo que guarda informação relativa ao Registro do Windows. Costumam conter dados relativos a algum programa instalado no sistema.

.scr - extensão dos protetores de tela que funcionam em Windows e que costumam encontrar-se na pasta em que está instalado o sistema.

.swf - Shockwave Flash. Formato muito utilizado e facilmente encontrado na Web. Permite sites ricos em animação e som, gerando pequenas aplicações interativas. Para poder vê-los, é preciso ter instalado o plugin da Macromedia.

.txt - arquivo de texto que se abre com qualquer editor de texto.

.ttf - True Type Font. Arquivo de fontes. Os tipos de letras (fontes)instalados no sistema utilizam principalmente esta extensão.

.tif - arquivo de imagem sem compressão. Costuma ser usado para o armazenamento de imagens em alta resolução.

.tmp - arquivos temporários. Se não estão sendo utilizados por algum processo do sistema, o normal é que possam ser eliminados sem nenhum problema.

.vob - arquivos de vídeo de alta qualidade, é usado para armazenar filmes em DVD.

.wab - arquivos nos quais o Microsoft Outlook guarda o caderno de endereços.

.wav - arquivo de áudio sem compressão. Os sons produzidos pelo Windows costumam estar gravados neste formato.

.wri - arquivo de texto com formato gerado pelo editor de texto do sistema, o WordPad.

.zip - talvez seja o formato de compressão mais utilizado. O programa mais popular para comprimir e descomprimir este arquivos é o WinZip.

Esqueci alguma? Coloque nos comentários!

Língua Portuguesa e onde se fala


Língua Portuguesa conhecida popularmente como Português, é uma língua românica originada de Portugal.
Com mais de 260 milhões de falantes, é, como língua nativa, a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no mundo ocidental.
Principal disciplina cobrada nos concursos públicos, vestibulares e ENEM, é também considerada a base para o aprendizado de todas as outras.




O que muda com a BNCC

BNCC: um resumo das mudanças trazidas pela base nacional curricular comum

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento com caráter normativo que serve de referência para a elaboração dos currículos de todas as escolas que ofertam educação básica no País.

Traremos nesse artigo um breve histórico da BNCC, um resumo das mudanças que ocorreram a partir de 2019, e seus principais impactos e desafios para a educação no Brasil.

Mas antes disso é importante entender que a BNCC orienta não apenas na construção dos currículos, mas na elaboração e revisão das propostas pedagógicas, nas políticas para formação de professores, nos materiais didáticos e avaliações.

A BNCC foi criada com o objetivo de promover a equidade por meio de uma formação integral do cidadão. Quando se fala de uma educação completa, trata-se não apenas do desenvolvimento intelectual, mas também social, físico, emocional e cultural, compreendidos como fundamentais para uma total construção do saber.

Através da BNCC, e com base nas aprendizagens essenciais para garantir uma formação integral, foram estabelecidas dez competências gerais que nortearão o trabalho das escolas e dos professores em todos os anos e componentes curriculares.

Além dos pontos citados acima, vale destacar que a base nacional fará com que todo o País fale a mesma língua por meio de uma estrutura única baseada em habilidades e competências.

A ideia, de forma geral, é que o aluno passe a aprender prioritariamente para a vida, e não exclusivamente para a prova.

Um breve histórico da BNCC

A BNCC vem sendo motivo de pautas há muitos anos. Sobreviveu a seis ou sete ministros e dois presidentes da república, e apenas em 2018 passou a ser implementada.

Na Constituição Federal de 88 já era prevista a criação de uma Base Nacional Comum Curricular para o ensino fundamental. Na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 96 foi determinada a adoção de uma base comum para toda a educação básica.

Em 1997 são elaborados os Parâmetros Curriculares Nacionais referenciando cada disciplina do currículo escolar. A BNCC é contemplada no Plano Nacional de Educação (PNE) em 2014.

O MEC, Consed e Undime definem o grupo de redação e, em setembro de 2015, a primeira versão da BNCC é publicada e submetida à consulta pública.

A terceira versão do documento é elaborada em 2017 e sua aprovação passa por audiências públicas através do Conselho Nacional de Educação (CNE), sendo que no final desse processo a BNCC é finalmente concebida pelo MEC.

Por fim, a implementação da base comum em todas as escolas é prevista para ocorrer de 2018 a 2020, passando por etapas, como por exemplo, (re)elaboração dos currículos, revisão de materiais didáticos e formação de professores.

É importante destacar que a construção da BNCC foi toda elaborada de forma democrática, envolvendo educadores e membros da sociedade.

Resumo das mudanças trazidas pela BNCC

A BNCC define dez competências gerais que englobam aspectos como:
        1.  Conhecimento
        2.  Pensamento científico, crítico e criativo
        3.  Repertório cultural
        4.  Comunicação
        5.  Argumentação
        6.  Cultura digital
        7.  Autogestão
        8.  Autoconhecimento e autocuidado
        9.  Empatia e cooperação
      10.  Autonomia e responsabilidade

São contemplados elementos cognitivos, sociais e pessoais a serem desenvolvidos pelos alunos. Se aplicam a toda a área do conhecimento, independente do componente curricular.

A ideia não é planejar uma aula específica sobre as competências contempladas na base comum curricular, mas articular a sua aprendizagem à de outras habilidades relacionadas às áreas do conhecimento.

A priorização do desenvolvimento de competências é muito mais moderno e efetivo do que olhar para o desenvolvimento de um conteúdo específico.

Vale ressaltar que, a BNCC diz aonde se quer chegar com a educação, mas os responsáveis pelos caminhos para chegar até lá são os currículos.

Na imagem abaixo, você compreenderá como a estrutura ficou organizada:


Perceba que toda a estrutura da educação básica se inicia pelas competências gerais, sendo que cada etapa é pensada em um formato diferente.

O ensino infantil é pensado sob a perspectiva de campos de experiências. O ensino fundamental é dividido por áreas de conhecimento, competências específicas para cada área, componentes curriculares, e competências exclusivas de cada componente. O ensino médio não está estruturado no desenho pois ainda está em discussão.

Para que tenhamos um processo de re(elaboração) dos currículos de forma articulada, e para que não existam inúmeros modelos do documento no País, foi criado um padrão de currículo através de um regime de colaboração.

A ideia é que os Estados junto com seus Municípios padronizem um modelo, porém agregando as especificidades de cada cidade. O regime colaborativo acaba abrindo portas para que outros assuntos possam ser trabalhados de forma articulada, e não apenas na elaboração do currículo.

Principais impactos e desafios

O impacto se dará não apenas na re(elaboração) dos currículos, mas nos processos de ensino e apr
endizagem, gestão, formação de professores, avaliações e no próprio Projeto Político-Pedagógico (PPP).

Nesse momento, nos encontramos na etapa 3 do processo de implementação da BNCC, e a partir de 2019 a etapa 4 deverá ser executada:

        1.  Estruturação da governança da implementação
        2.  Estudo das referências curriculares
        3.  Re(elaboração) curricular
        4.  Formação continuada
        5.  Revisão dos projetos pedagógicos
        6.  Materiais didáticos
        7.  Avaliação e acompanhamento de aprendizagem

Muitos Estados e Municípios já terminaram a primeira revisão do currículo e disponibilizaram para consulta pública. Com a colaboração de toda a comunidade escolar, será possível chegar a uma versão final do documento que atenda a expectativa de todos os envolvidos no processo, e da maneira mais transparente e democrática possível.

Algumas das práticas previstas na base comum curricular são aplicadas de forma intuitiva em várias escolas, mas com a sistematização e o planejamento do processo educacional, essas práticas serão aplicadas de maneira intencional e impactarão muito mais alunos em todo o território nacional.

Sabemos que a BNCC ainda possui inúmeras oportunidades de melhorias, mas é verdade que trará um grande avanço para a educação no País.

O documento normativo, com certeza, passará por mais revisões ao longo dos anos. A Austrália é um exemplo disso, sua base passou por oito revisões até que chegasse ao ponto que gostariam.

As mudanças projetadas através da BNCC, em resumo, trazem uma grande expectativa para garantirmos a questão do aprendizado e a constante melhoria do ensino, temas centrais quando falamos da construção do saber.

O que é Coesão?


Coesão é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.

São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.

Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:

que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase.
qual (neutro) idem ao anterior.
quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído.
como (modo)
onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante)

Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O).

TEORIA DE MARIA MONTESSORI


Montessori era profundamente católica, seguidora dos princípios desta religião, nasceu em 1870, na cidade Chiaravall e morreu com a idade bastante avançada, em 1952 na Holanda. No movimento da Escola Nova, Montessori ocupa um papel importante pelas técnicas introduzidas nos jardins de Infância e nas primeiras séries.

Montessori fazia oposição aos métodos tradicionais que não respeitavam as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento da criança. Defendia uma concepção de educação que se estende além dos limites do acúmulo de informações. O objetivo da escola é a formação integral do homem, “uma educação para a vida”. Aos 25 anos começou a se dedicar às crianças anormais, na clínica da Universidade de Roma. Criou várias Casas de Crianças, instituições de educação e vida, e não apenas lugares de instrução. Seu principal objetivo são as atividades motoras e sensoriais visando, especialmente, a educação pré-escolar, trabalho também estendido à segunda infância. Dava importância ao ser biológico, muito mais do que o ser social.

Ela acreditava que a vida é desenvolvimento, e por isto achava que a concepção educacional é de crescimento e desenvolvimento, mais do que ajustamento ou integração social. Defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do toque que os pequenos exploram e decodificam o mundo ao seu redor.

Seu envolvimento com representantes do movimento socialista italiano era buscar o seu engajamento e cooperação nos bairros, na socialização da “casa” e na comunicação da “família”. Montessori nunca foi comunista, nem socialista, como muitos pensam. Estudou biologia, matemática, psicologia e filosofia, mas formou-se em medicina, tendo sido a primeira mulher na Itália a formar-se em medicina.

Montessori mudou os rumos da educação tradicional, que dava maior atenção à formação intelectual. Seus métodos consideravam as fases de desenvolvimento infantil e as diferenças individuais, preocupando-se com o corpo e o espírito do aluno e o seu processo de adaptação a vida.

Criadora do método pedagógico montessoriano, suas concepções pedagógicas se basearam também na defesa do potencial criativo da criança e no direito de receber uma educação adequada às peculiaridades da personalidade. Direito a vida, a liberdade e a autonomia, o despertar para a atividade infantil, é toda base teórica do seu método.

Montessori disse: "só a criança é a educadora da sua personalidade".

Sua formação médica e larga experiência com crianças de retardo mental influenciaram a ter como preocupação maior na sua escola, com o desenvolvimento das percepções e funções intelectuais. Dedicou-se ao estudo de crianças anormais como assistente de uma clínica psiquiátrica da Universidade de Roma. No decorrer de suas pesquisas e na aplicação do seu método com crianças anormais, resolveu testar também em crianças normais as suas vivencias.

Montessori fez uma grande revolução na concepção de sala de aula para crianças. Achava que todos os materiais existentes em sala de aula deveriam ser adequados a altura e ao tamanho das crianças de seis anos de idade. Esta maneira de pensar de Montessori foi tão aceito, que até hoje é conservado por todos os jardins de infância do mundo.
Em 1907, embora não tendo formação pedagógica, Montessori criou para crianças menores de seis anos, a primeira case dei bambini, onde aplicou na educação de crianças normais, a metodologia bem sucedida com deficientes mentais.

Pensando no professor, ela achava que as atividades em sala de aula devem ser mediadas pelo professor, a disciplina deve nascer da liberdade de pensar, de agir, de sentir, e que o diálogo ainda é a melhor forma de o aluno aprender.

Com o advento do regime fascista e por discordar do governo em querer formar a juventude italiana segundo “moldes brutais”, as escolas montessorianas foram fechadas. Neste período Montessori deixou o país, retornando após a guerra para Roma e aí voltando as suas aulas na universidade. Trabalhou duro para divulgar suas ideias e experiências pedagógicas pelo mundo. Seu trabalho foi reconhecido principalmente na Espanha, Paquistão, Índia, Inglaterra e Holanda.

Temos como princípios fundamentais do método montessoriano, a atividade, a individualidade e a liberdade de movimentos de que a criança dispõe, e um vasto material didático que lhe é fornecido. Em relação à leitura e a escrita, na escola montessoriana, as crianças conhecem as letras e são induzidas na análise das palavras e letras, estando a mão treinada e reconhecendo as letras, as crianças podem ler e escrever palavras e orações inteiras. O ensino das letras recortadas em madeira colorida fazia parte da sua proposta pedagógica. Cada tarefa realizada na sala de aula tem um significado, quer sejam os brinquedos, os blocos, tábuas, e bastões. Todos estes recursos podem servir de base para a geometria em outro estagio de aprendizagem, e também para o estudo de todas as disciplinas. No trabalho com esses materiais a concentração é ponto importante.

Maria Montessori foi uma sonhadora, embora não tenha criado nada fora da realidade. Apesar da sua intensa dedicação, sabia que seu método não podia ser aplicado a qualquer tipo de criança.

Entre suas obras, podemos destacar a Educação para um Novo Mundo, escrita com a intenção de sacudir a humanidade adormecida e insensível, comparou o caminhar da criança neste mundo, ao “caminho dos sofrimentos de Cristo”, sem perder a esperança de uma volta para o bem... a criança surge sempre e volta sempre, fresca e sorridente, para viver entre os homens... a criança é o eterno Messias, que não cessa de voltar entre os homens decaídos para conduzi-los ao Reino dos céus.

TEORIA DE JOHN DEWEY


Dewey era filósofo, psicólogo e pedagogo liberal norte americano, exerceu grande influência sobre toda a pedagogia contemporânea. Criticou a pedagogia de Herbart, no que se refere à ênfase dada ao intelectualismo e a memorização.

Nasceu em Burlington em 1859 e morreu em New York em 1952.

Dewey foi defensor da Escola Ativa, que propunha a aprendizagem através da atividade pessoal do aluno. A filosofia da educação de Dewey foi determinante para que a Escola Nova se propagasse por quase todo o mundo.

Para Dewey, o conhecimento nasce das experiências oriundas de problemas, a educação tem como    finalidade proporcionar ao aluno condições para que resolva por si próprio os seus problemas.

A educação não pode ter modelos prévios, isto é bastante tradicional na teoria de Dewey. A escola não pode ser uma preparação para a vida; a escola é a própria vida. Vida e experiência devem estar sempre unidas no processo de aprendizagem. As ideias de Dewey tiveram grande influência no movimento de renovação da educação no Brasil na década de 1930, e são aproveitadas até hoje pelos que acreditam na educação e na liberdade.

Essa influência se fez sentir, sobretudo por intermédio de Anísio Teixeira que foi seu discípulo na Universidade de Colômbia em 1929. Dewey dava prioridade ao aspecto psicológico da educação, em prejuízo da análise da organização capitalista da sociedade, como fator educacional. Fundou em Chicago, uma escola experimental, na qual foram aplicadas algumas das suas mais importantes ideias: a relação da vida com a sociedade, dos meios com os fins e da teoria com a prática.

O próprio Dewey qualifica o seu pensamento como “naturalismo empírico”, embora sem pretensão a elaborar sistema rígido, o que lhe parecia impossível nos tempos atuais. Foi seu propósito rever e superar os erros do naturalismo e do empirismo tradicionais, emprestando-lhes pronunciado sentido  dialético e historicista. Saindo do pensamento intuicionista da escola escocesa pela via do hegelianismo, tornou-se seguidor de Darwin em biologia e Willian James em psicologia. Tais influências, a par de sua permanente preocupação com a pedagogia levaram-no a convicção de que não é possível manter-se um dualismo entre o homem e o mundo, o espírito e a natureza, a ciência e a moral.

Buscou, então, uma lógica e um instrumento de pesquisa que pudessem ser aplicados igualmente a ambos os domínios. Desenvolveu, a seguir, a doutrina a que deu o nome de “instrumentalismo”.

O que é Sintagma?


SINTAGMA” – AINDA NÃO SABE O QUE É ISSO?

Se você é concurseiro, e ainda não sabe o que é SINTAGMA, então você precisa “acordar para a vida”!

Sabe por quê?

Simples! De 2015 a 2017, já caíram cerca de 60 questões sobre isso nas bancas INSTITUTO AOCP, FUMARC, QUADRIX, IBADE (ex-Funcab), CESPE, FUNIVERSA, FUNRIO, etc. Pode pesquisar em qualquer site questões de concursos.

Dito isto, anote aí no seu caderninho o que é SINTAGMA.

“Dentro da oração, é um conjunto de vocábulos (ou um vocábulo só) que mantêm relação direta com um núcleo, formando um grupo que constitui um termo sintático: sujeito, predicado, predicativo, objeto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto, vocativo.”

Existem cinco tipos de SINTAGMA, sendo o primeiro tipo o mais comum em concursos. Vejamos!

1) NOMINAL: o núcleo é sempre um termo de valor substantivo (substantivo, pronome, numeral, verbo substantivado…) e os termos ao redor do núcleo podem ser artigo, pronome, numeral, adjetivo, locuções ou orações adjetivas; esse sintagma exerce função sintática de sujeito, predicativo, objeto, aposto e vocativo. Veja os exemplos:

– “CONJUNÇÃO” é o assunto mais importante de todos!
– “Os ALUNOS do Pestana” estão preparados para fazer “todas as PROVAS”.
– Português e Matemática são “as duas MATÉRIAS que mais me causam dificuldade”.

2) ADJETIVAL: o núcleo é sempre um adjetivo e os termos ao redor do núcleo podem ser um advérbio de intensidade ou um complemento nominal exigido pelo núcleo; muitas vezes esse tipo de sintagma vem dentro dum sintagma nominal e exerce função sintática de predicativo ou adjunto adnominal. Veja o exemplo:

– Certos alunos “pouco INTELIGENTES” são “CAPAZES de surpreender-nos”.

3) VERBAL: o núcleo é sempre um verbo (ou locução verbal) e os termos ao redor (quando há) fazem parte do predicado; sempre constitui o predicado. Veja os exemplos:

– “CHOVEU demais em SP”.
– João “ESTÁ meio chateado”.
– Os candidatos “HAVIAM ENTREGADO a prova ao fiscal”.

4) ADVERBIAL: o núcleo é sempre um advérbio, que pode ser modificado por outro advérbio; exerce função sintática de adjunto adverbial. Veja o exemplo:

– “ONTEM”, ela chegou “muito CEDO”.

5) PREPOSICIONAL: o núcleo é sempre uma preposição ou uma locução prepositiva; introduz termos que exercem as seguintes funções sintáticas: predicativo, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto. Veja os exemplos:

– Gosto “DE pessoas inteligentes”.
– A casa foi incendiada “POR vândalos”.
– Recusaram “COM delicadeza” o convite.

É isso…

Você percebeu que um tipo de sintagma pode vir dentro de outro sintagma? Se não percebeu, leia novamente.

P.S.: Há alguns autores que dizem não haver um “núcleo” no sintagma preposicional. No entanto, nunca vi cair esse tipo de sintagma em concursos públicos.


TEORIA DE PESTALOZZI


Johann Heinrich Pestalozzi nasceu em Zurique, Suíça, em 1746 e faleceu em 1827. Considerado o reformador ou o promotor da escola popular. Embora a posição da pedagogia seja um pouco obscura, ele defende a ideia, de que a escola precisa simplificar os conteúdos dados e evitar a decoreba. Fundamenta a educação no respeito e no amor, como forma de reconhecer, manter e promover em cada ser a dignidade da pessoa.

Pestalozzi foi o educador que pôs em prática os princípios do empirismo que, antes dele, já começavam vagamente a influir na opinião dos professores. Se a vida mental resulta da experiência sensorial ou se, por sua influência, se desenvolve, então educar é “construir na mente do aluno uma experiência definida à luz da percepção sensorial clara”.

Pestalozzi disse está convencido de que a criança é dotada de poderes ou de faculdades inatas que só se desenvolvem mediante o enriquecimento da experiência sensorial. O emprego do método empírico no estudo dos estados mentais levou filósofos dos séculos XVII e XVIII a compreensão de que a vida mental resulta da experiência sensorial. Esse novo ponto de vista psicológico produziu também uma mudança na concepção de educação. “Educar deixou de ser treinar, disciplinar as faculdades, e assume o sentido de enriquecimento da experiência sensorial”.

Foi Pestalozzi quem pôs em prática a nova maneira de considerar o processo educativo. O esforço fundamental da educação, para Pestalozzi, que se propõe a tornar psicológica a educação, é analisar o conhecimento em qualquer ramo, nos seus elementos mais simples, e apresentá-los naturalmente a criança. Os dois aspectos característicos do processo de Pestalozzi são, portanto, começar com as experiências da criança, pela observação, para haver ideias claras, e, prosseguir por meio da instrução oral, cuidadosamente, para o conhecimento sistemático e organizado.

Em qualquer ramo, disse Pestalozzi, o ensino deve começar dos elementos mais simples e processar-se gradualmente, segundo o desenvolvimento da criança. Desta maneira, essas concepções produzem profundas mudanças na escola. Passou- se a ensinar maior número de matérias e todas elas obedeciam a uma graduação que partia da observação das coisas próximas para as remotas, sempre atendendo ao desenvolvimento do aluno. Assim o interesse do aluno seria consultado e o processo de formação devia estar associado àquilo que tem maior relação com o aluno, isto é, ao que lhe pertence, ao que existe no seu ambiente, sempre pelo emprego da intuição.

Influenciou profundamente a educação; ele fez uma grande adaptação na educação pública. Ninguém acreditou mais que Pestalozzi no poder da educação, para aperfeiçoar o individuo e a sociedade. Com o seu entusiasmo, influenciou reis e governantes a pensarem na educação do povo. Deu novo impulso à formação de professores e ao estudo da educação como ciência. Foi o primeiro a tentar fundamentar a educação no desenvolvimento orgânico, mais que a transmissão de ideias.

Em 1792, Pestalozzi escreve o seu livro mais erudito: Minhas Investigações sobre o curso da Natureza no desenvolvimento da raça humana. A obra é recebida sem entusiasmo. Pestalozzi decide ser mestre-escola; e parte para um trabalho na sua escola. O lar era para ele a melhor instituição da educação, base para a formação política, moral e religiosa. A instituição educacional deveria se aproximar de uma casa bem organizada.

A prática pedagógica de Pestalozzi, sempre valorizou o ideal do educador, isto é, a educação poderia mudar a terrível condição de vida do povo.

Tinha uma fé indomável e contagiante na educação como o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social. Democratizou a educação, proclamando ser o direito absoluto de toda a criança, ter plenamente desenvolvidos os poderes que Deus lhe havia dado. O professor é comparado ao jardineiro que providencia as condições para a planta crescer; a educação sensorial é fundamental e os sentidos devem estar em contato direto com os objetos; a mente é ativa. Na escola de Pestalozzi,  mestres e alunos ficavam juntos o dia todo. No dia escolar, as atividades eram bem diversificadas: rezavam, tomavam banho, faziam o desjejum, brincavam, estudavam as lições, almoçavam, lançavam. Duas tardes por semana, os alunos faziam excursões em locais culturais.

No livro, Os Grandes Pedagogos - atualidades pedagógicas, destacamos algumas passagens que explicam o quanto Pestalozzi era envolvido com a educação:

“...renunciei  aos prazeres da vida para consagrar-me à tentativa de educação do povo, e aprendi a conhecer-lhe a verdadeira situação e os meios de mudá-la” (pág 214);
“aperfeiçôo-me a mim mesmo, quando faço, aquilo que devo. A lei do que quero” (pág 215);
“Como produto do meu próprio eu, sinto-me independente do egoísmo de minha natureza animal e dos laços de minhas relações sociais, tendo a um tempo, o direito e o dever de fazer o que me enobrece e o que é vantajoso para meus semelhantes” (pág 215);
“... minha ação tende a elevar a natureza humana ao que ela tem de mais alto, de mais nobre: a elevá-la pelo amor, e não é senão nessa força sagrada, o amor, que reconheço o instrumento de libertação do homem, de  tudo quanto há nele de divino e de eterno” (pág 223).

TEORIA DE LEV VIGOTSKY


Vigotsky, psicólogo, nasceu na Rússia  em 1896 e morreu em 1934 com apenas 37 anos, vítima de tuberculose. Estudou na Universidade Popular de Shanyavoskii, formando-se em direito, mas também se dedicou aos estudos intelectuais de Filosofia, Literatura, História e Psicologia.

Estudou Francês, Alemão, Inglês, Hebraico, Latim e Grego. Teve um tutor particular até entrar na escola, para fazer o curso secundário, graduando-se com medalha de ouro. Desde adolescente, seus colegas o chamavam de “o pequeno professor”, pois ele já gostava dos estudos intelectuais que marcariam sua vida.

Foi  professor  e  pesquisador  no campo de Defectologia, das Artes, Literatura e Psicologia. Além do fato de ser professor, a preocupação de Vigotsky com a educação tinha também motivos políticos, pois era um de seus compromissos revolucionários. Formou-se também em Medicina e a partir de 1924, no Instituto Soviético de Medicina Experimental, aprofundou suas investigações na Psicologia.

Já tuberculoso, iniciou um período de intensa produção de conferências, textos e pesquisas, principalmente com crianças portadoras de deficiências visuais e auditivas. Trabalhou no Instituto de Psicologia de Moscou, onde iniciou um período de intensa produção de textos e pesquisas a respeito do desenvolvimento intelectual, defendendo que todo conhecimento é constituído socialmente, a partir das relações humanas. Dono de uma inteligência brilhante, ele buscou na Psicologia respostas para suas dúvidas e acabou por elaborar uma teoria do desenvolvimento intelectual, sustentando que todo conhecimento é construído socialmente, no âmbito das relações humanas. Para ele, “na ausência do outro, o homem não se constrói homem”.

Na sua teoria, Vigotsky diz que para o homem se desenvolver e evoluir, é necessário o convívio com outras pessoas, e partir daí, ele vai adquirir e assimilar conhecimentos, desenvolvendo-se mentalmente. Acrescenta que a vivencia em sociedade é essencial para a transformação do homem de ser biológico em ser humano. É pela aprendizagem nas relações com os outros que construímos os conhecimentos que permitem nosso desenvolvimento mental. O conhecimento é sempre intermediado. Nenhum conhecimento é construído pela pessoa sozinha, mas sim em parceria com as outras, que são os mediadores. Na escola, o professor e os colegas mais experientes são os principais mediadores, daí ser o objetivo da escola transformar os conceitos espontâneos, que a criança desenvolve na convivência social, em conceitos científicos.

A linguagem é para  Vigotsky, o principal instrumento de intermediação do conhecimento entre os seres humanos, e tem relação direta com o próprio desenvolvimento psicológico. Para ele, a aprendizagem está relacionada ao desenvolvimento desde o inicio da vida humana e inclui relações entre os indivíduos. A relação ensino-aprendizagem é um processo global de relação interpessoal que envolve alguém que aprende, alguém que ensina, e a escola é o lugar por excelência na qual o processo intencional ensino-aprendizagem ocorre, podendo envolver intervenção que conduza á aprendizagem.

Vigotsky elaborou uma teoria do desenvolvimento intelectual, sustentando que nenhum conhecimento pode ser elaborado sozinho, criou o Sócio-construtivismo, ou como preferem alguns especialistas, Sócio-interacionismo, justificando como fundamental à questão cultural e à questão afetiva. Para o ser humano, o meio é sempre revestido de significados culturais. O fator cultural é a diferença central entre os dois teóricos, Piaget e Vigotsky.

Considera a capacidade do homem de raciocinar, como também de sensibilizar-se e se emocionar. Dessa forma, um sistema dinâmico de significados em que o afetivo e o intelectual se unem, buscando compreender o sujeito como uma totalidade. Acreditava que o desenvolvimento mental do aluno se determina em dois níveis: O nível de Desenvolvimento afetivo e a Área de Desenvolvimento Potencial.

Vigotsky viveu apenas 37 anos, mas sua produção intelectual foi intensa e relevante, chegando a produzir 200 estudos científicos sobre diferentes temas, controvérsias e discussões da psicologia contemporânea, da pedagogia e das ciências humanas de um modo geral.

Prefaciou a tradução russa de A Linguagem e o Pensamento da Criança de Jean Piaget em 1923. Para a Pedagogia, a contribuição de suas obras para nós educadores se reveste de grande importância, porque traz para o campo educacional uma visão integrada de conhecimentos.

As Classes de Palavras da Língua Portuguesa

As Classes Gramaticais de Palavras da Língua Portuguesa


Atualmente, são reconhecidas dez classes de palavras pelos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.



Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.

Podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:


SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.

Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.

Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.

Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.

PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.

Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.

Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.

Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.

Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.

Exemplo: em, de, para, por, etc.

CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.

Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.

Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!



TEORIA DE ANTON MAKARENKO


Anton Makarenko nasceu na Ucrânia soviética, em 1888, e morreu em 1939 de um ataque cardíaco. 

Filho de pai operário foi criado num ambiente bem proletário, e sempre ouvindo da família que a escola não era para ele, filho de operário. Toda a sua vida, seu compromisso, seu envolvimento foi atrelado às lutas trabalhistas.

Conhecido como um educador rígido e duro, mas muito aberto com seus alunos. Mais do que educar com rigidez e disciplina, Makarenko defendia a formação de personalidades, que fossem pessoas cultas, saudáveis, pessoas conscientes de seu papel político, e que se preocupassem com o bem estar do grupo.

Estudou no Instituto de Pedagogia de Potalva, onde se especializou no magistério. Ensinou na Escola Primária das Oficinas Ferroviárias. Depois de oito anos de ensino, assumiu a direção da escola. Em 1917, na Colônia Máximo Gorki, começou a desenvolver um trabalho com crianças e jovens abandonados que viviam na marginalidade. Eram jovens delinquentes, infratores, órfãos de guerra e prostitutas.

A proposta pedagógica de Makarenko era formar indivíduos participativos e responsáveis, capazes de tomar decisões sociais e dirigir a própria vida. Era uma proposta que apontava para uma vida em grupo, onde a característica fundamental era preparar o individuo para o advento do trabalho e da democracia.

A proposta era então, organizar uma escola voltada para a coletividade, levando em consideração os sentimentos dos jovens e a busca pela felicidade. Para o aluno, sempre devia existir um espaço no universo escolar, onde ele pudesse discutir seus interesses e suas necessidades, como também sua própria vida.

Para Makarenko, a participação dos pais na vida escolar não só era importante, mas deviam ser estimulados a participar de atividades culturais e recreativas. Eram os pais e mestres, que ofereciam as diretrizes fundamentais às atividades de filhos e estudantes.

A pedagogia de Makarenko ficou conhecida e reconhecida por muitos, por atender as necessidades da época, e por apresentar uma proposta de transformar centenas de crianças e adolescentes marginalizados em cidadãos.

Leitura e Interpretação de Diversos Tipos de Textos - Literários e Não Literários


Sabemos que a “matéria-prima” da literatura são as palavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre a linguagem literária e a linguagem não literária, isto é, aquela que não caracteriza a literatura.

Embora um médico faça suas prescrições em determinado idioma, as palavras utilizadas por ele não podem ser consideradas literárias porque se tratam de um vocabulário especializado e de um contexto de uso específico.

Agora, quando analisamos a literatura, vemos que o escritor dispensa um cuidado diferente com a linguagem escrita, e que os leitores dispensam uma atenção diferenciada ao que foi produzido. Outra diferença importante é com relação ao tratamento do conteúdo: ao passo que, nos textos não literários (jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras servem para veicular uma série de informações, o texto literário funciona de maneira a chamar a atenção para a própria língua no sentido de explorar vários aspectos como a sonoridade, a estrutura sintática e o sentido das palavras.

Veja abaixo alguns exemplos de expressões na linguagem não literária ou “corriqueira” e um exemplo de uso da mesma expressão, porém, de acordo com alguns escritores, na linguagem literária:

Linguagem não literária: 
1- Anoitece.     
2- Teus cabelos loiros brilham.
3- Uma nuvem cobriu parte do céu.  ... 

Linguagem literária:
1- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvarenga Peixoto)
2- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz! (Mário Quintana)
3- um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua nascença. (José Cândido de Carvalho)

Como distinguir, na prática, a linguagem literária da não literária?
- A linguagem literária é conotativa, utiliza figuras (palavras de sentido figurado), em que as palavras adquirem sentidos mais amplos do que geralmente possuem.
- Na linguagem literária há uma preocupação com a escolha e a disposição das palavras, que acabam dando vida e beleza a um texto.
- Na linguagem literária é muito importante a maneira original de apresentar o tema escolhido.
- A linguagem não literária é objetiva, denotativa, preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística. Geralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, complementos).

Quando usar o Itálico?


Emprega-se itálico em:

a) títulos de publicações (livros, revistas, jornais, periódicos etc.) ou títulos de congressos, conferências, slogans, lemas sem o uso de aspas (com inicial maiúscula em todas as palavras, exceto nas de ligação):

Exemplos:

Foi publicada a nova edição da Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara. O documento foi aprovado na II Conferência Mundial para Pessoas com Deficiência.


b) palavras e as expressões em latim ou em outras línguas estrangeiras não incorporadas ao uso comum na língua portuguesa ou não aportuguesadas.

Exemplos:

Détente, Mutatis mutandis,.e-mail, show, check-in, caput, réveillon, site, status, juridificação, print.

Em palavras estrangeiras ou de formação híbrida de uso comum ou aportuguesadas, não há
necessidade de destaque, como, por exemplo: internet, mouse, déficit.

Apostilas para Concursos



A Redação nos Concursos e Vestibulares


Ao longo de nossa existência nos deparamos com infinitos obstáculos, uns em menor grau, outros um tanto quanto complexos. Tal afirmativa comprova aquela popular expressão, retratada pelos seguintes dizeres – “Viver tornou-se uma arte”.

Como artistas deste processo, estamos constantemente tentando superar tais obstáculos e, sobretudo, posicionarmo-nos da melhor forma possível perante aos fatos circunstanciais regidos pela sociedade. Dentre estas circunstâncias figura-se a necessidade de “arquitetarmos” nosso perfil no que tange ao campo profissional no intuito de desfrutarmos dos benefícios garantidos por um bom emprego. Mas... tudo isso não nos é gratuito, haja vista que busca e êxito caminham lado a lado.

Todos esses pressupostos, assim discorridos, nos faz lembrar de algo inevitável àqueles que “buscam” – mais precisamente, Enem, concursos e vestibulares. Há uma parte constitutiva, e por que não dizer, elementar, que a eles se referem: a Redação. Muitos a estigmatizam, concebendo-a como algo pavoroso, inacessível. Mas, ao contrário do que a maioria pensa, esta “prova de fogo” tende a ser realizada com tamanha facilidade, bastando para isso um pouco mais de prática.
Visando a esta praticidade, abaixo seguem relacionados alguns procedimentos que porventura garantirão a eficácia dos resultados que se almeja. Eis, portanto:

* Digamos que o passo essencial é mentalizar que não podemos escrever sobre algo do qual não temos conhecimento. Neste ínterim, cercarmo-nos de conhecimentos relativos aos fatos atuais, que funcionam como a palavra de ordem. Grande parte destes exames costumam basear-se em temas polêmicos. Como subsídio, é bom que se ressalte sobre a importância de nos familiarizarmos com diversas fontes informativas, sejam revistas, jornais (tanto impressos quanto orais) e livros em geral;

* Praticar significa, em seu sentido literal, constantemente exercer a escrita, pois a cada produção adquire-se uma nova performance, atribuída pela ampliação do vocabulário e, consequentemente, pela boa qualidade da competência discursiva;

* Falando em competência, é altamente digno de nota apontar sobre a importância de termos conhecimentos acerca das situações comunicativas que envolvem os interlocutores, retratados pelos diferentes gêneros coparticipantes da nossa posição enquanto seres sociais. Desta feita, há que se mencionar a carta argumentativa, de leitor, o artigo de opinião, o editorial, dentre tantos outros, pois cada um é regido por peculiaridades no que se refere às características de natureza linguística;

* Relevante também é o fato de que, enquanto emissores, estamos escrevendo para o “outro” e, para tanto, um dos aspectos que se leva em consideração é a capacidade do candidato em expressar-se claramente, de modo a interpretar dados e fatos, estabelecer relações e conclusões e, consequentemente, questionar e argumentar de modo coerente e coeso;

* Ao enfatizarmos sobre clareza, esta, por sua vez, engloba nossa competência relacionada aos fatos linguísticos, isto é, pontuação adequada, parágrafos bem dispostos e cuidadosamente elaborados, sem esquecer que o discurso deve estar em consonância com o padrão formal que rege a linguagem, atendo-se à concordância, regência, e demais elementos gramaticais;

* Outro aspecto, por vezes notório, é a fidelidade ao tema proposto, uma vez que a fuga deste implica na automática desclassificação perante o concurso. O ideal é ler atentamente a coletânea e identificar o tema e o tipo de texto ora requisitado e só então partir para a elaboração do texto em si. Lembrando-se de que no momento da escrita algumas falhas são inevitáveis, tais como as rasuras – inaceitáveis, por sinal. Portanto, a sugestão é começar rascunhando as ideias, e antes de passá-las definitivamente para a folha oficial é sempre viável fazer uma releitura, pois, mediante tal procedimento, há a possibilidade de novos acréscimos, supressões, dentre outros, visando senão à perfeição, pelo menos a um trabalho considerado plausível.

O que é Comunicação Oficial?


A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários:

a) alguém que comunique;
b) algo a ser comunicado;
c) alguém que receba essa comunicação.

No caso  da redação  oficial, quem comunica é sempre o serviço público (este/esta ou aquele/aquela Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; e o destinatário dessa comunicação é o público, uma instituição privada ou outro órgão ou entidade pública, do Poder Executivo ou dos outros Poderes. Além disso, deve-se considerar a intenção do emissor e a finalidade do documento, para que o texto esteja adequado à situação comunicativa.

A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e nos expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos e entidades públicos, o que só é alcançado se, em sua elaboração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade.